groupthink

Que o ser humano está acostumado a seguir tendências sociais e culturais não é bem uma novidade. Mas você já parou para pensar como esse padrão de comportamento também acontece no mercado de trabalho? As decisões tomadas em equipe, por exemplo, nada mais são que uma reação compartilhada que faz parte do conceito de groupthink.

Esse “fenômeno” psicológico ocorre quando um grupo de pessoas deixa de lado o seu pensamento individual para chegar a um consenso sobre determinada estratégia ou ação. O groupthink foi tema de livro do psicólogo americano Irving Janis em 1972, e desde então é utilizado para analisar como o pensamento coletivo se forma dentro de uma empresa.

O pensamento coletivo pode causar uma certa estagnação no ambiente profissional, uma vez que impede que profissionais exponham discursos contraditórios. Conheça mais sobre o groupthink e saiba quais são as suas causas e consequências no mercado.

O que caracteriza o groupthink?

O groupthink (ou pensamento de grupo/coletivo, em português) nada mais é que um fenômeno adquirido por equipes profissionais que trabalham em prol de um objetivo. No contexto do mercado de trabalho, pode ser entendido como o apoio coletivo em decisões que nem sempre são as mesmas do âmbito pessoal.

Ou seja: trata-se de uma análise racional dos trabalhadores, a fim de chegar a um resultado satisfatório para a companhia. Apesar de importante para o sucesso de uma empresa, o groupthink pode causar um “leque” de criatividade e estagnar tanto o funcionário como a organização.

O termo ganhou popularidade em 1972 por conta do livro Victims of Groupthink, de Irving L Janis, quando o psicólogo americano ficou intrigado com o motivo pelo qual algumas equipes podem tomar decisões excelentes, mas fazer os piores julgamentos em outras.

As consequências do pensamento de grupo 

Em sua extensa pesquisa, Janis revela que as más decisões ocorrem quando não há um atrito criativo entre a equipe. Por ser uma busca prematura por algo em comum, esse consenso de ideias pode prejudicar o “pensamento fora da caixa”, que é tão importante no mercado de trabalho.

A partir do momento que a equipe de funcionários cai nessa armadilha, deixam de pensar por conta própria a fim de gerar harmonia no ambiente de trabalho. O groupthink pode causar as seguintes consequências: 

  • Redução da criatividade individual;
  • Perda de autonomia;
  • Resistência a novas ideias;
  • Excesso de confiança na decisão do grupo;
  • Falta de questionamentos aos líderes e gerentes;
  • Despreparo para resultados negativos;
  • Falta de visão contrária à crítica;
  • Estagnação da empresa e do profissional.

Exemplos famosos de groupthink

Um exemplo bastante famoso desse tipo de ocorrência vem da Pepsi em 2017, quando lançou uma campanha publicitária focada no movimento “Black Lives Matter”, com a influencer digital e modelo Kendall Jenner. 

A reação do público foi tão negativa que a imprensa se perguntou como a decisão foi tomada sem nenhum questionamento por parte da equipe envolvida. A explicação mais viável é que a equipe pode ter sido vítima do groupthink, uma vez que houve falta de visão alternativa na adoção de um anúncio mal pensado.

As causas do groupthink

Fique atento aos seguintes sintomas em sua equipe para identificar o pensamento de grupo:

  • Autocensura: os profissionais preferem concordar com a decisão geral ao invés de opinar para além do discutido;
  • Desincentivo: sua visão contrária é silenciada pelo grupo em prol de agilidade;
  • Racionalização: a equipe cria argumentos para justificar a decisão do grupo enquanto ignora quaisquer avisos de que estão errados;
  • Exclusão: os membros que se opõem à opinião coletiva da equipe são excluídos e tratados como outsiders; 
  • Unanimidade: a opinião do grupo é unânime e todos os membros a apoiam. O silêncio é tomado como consentimento durante as reuniões.

Esse ciclo de aceitação e silenciamento pode parecer uma boa estratégia no curto prazo, mas a tendência é de que a empresa entre em uma espiral de conformismo ao longo do tempo. Assim, se vê estagnada e sem visão de futuro.

3 passos para evitar o groupthink no mercado de trabalho

A melhor forma de evitar o groupthink prejudicial é focar em práticas que incentivam o livre pensamento e a participação criativa dos profissionais em uma companhia. Para isso, é importante que o seu time de RH foque nos seguintes pontos:

1. Diversifique sua equipe

Não cansamos de bater na tecla da diversidade e inclusão aqui no blog da Quickin. Isso porque a temática não poderia estar mais em alta no mercado de trabalho, além de ser uma estratégia para evitar o groupthink.

Investir em diversidade cultural e social promove uma melhor tomada de decisão no local de trabalho, uma vez que gera abertura para que os profissionais compartilhem visões diferentes. Esse ciclo aumenta a chance de chegar à melhor solução possível.

Pesquisas apontam que uma força de trabalho diversificada faz crescer em 60% as chances de uma decisão mais bem-sucedida. Ou seja, se a Pepsi tivesse se valido da opinião da comunidade negra antes da campanha que fracassou, por exemplo, poderia ter saído melhor.

2. Promova uma liderança inclusiva

Suas ações como líder definem o tom para que os funcionários se sintam valorizados, portanto se você ou o seu time de RH impuserem empecilhos para conter o contraditório, isso pode acabar intimidando alguns profissionais. 

Compreender todos em sua equipe e como eles se comunicam garante que você possa acioná-los adequadamente. A cultura organizacional deve promover a segurança psicológica, incentivando todos os trabalhadores a contribuir sem medo durante as reuniões estratégicas. 

3. Invista no aprendizado e encoraje os feedbacks

Capacitar os funcionários por meio do aprendizado permite que eles ofereçam opiniões contrárias com confiança. Você pode permitir que eles participem de cursos e mentorias que forneçam informações para ajudá-los a melhorar seu desempenho.

Também é de suma importância incentivar a prática de feedback e participação ativa. Nesse sentido, recompensar os funcionários é uma forma de promover essa cultura e, ao mesmo tempo, garantir que ideias alternativas tenham seu lugar na discussão. Além disso, você deve analisar todas as informações objetivamente, sejam internas ou de fontes externas.

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